Almas despidas
Existe um meio particular de acesso à forma mais íntima e primitiva de nós! Essa transformação me aguça a curiosidade, me instiga e intriga o meu teor filosófico. No ato, algo se transporta para fora. Sobram estruturas que se deixam levar instintivamente e todos os sentidos começam a dançar juntos em sincronia estranhamente perfeita. Esta versão de nós, tão singela, às vezes rude, às vezes carregada de afeto… Age, reage e dialoga se limitando a interjeições. O sufoco na escassez de frases deste diálogo, obriga o respirar profundo na esperança de não perecer na embriaguez deste rito! Os sentidos se aguçam a tal ponto que a cada limiar de “lucidez” para manter-se vivo no encher de pulmão ritmado, passam pelos canais auditivos como sussurros gritantes que não sacia, mas alimenta ainda mais a fome. O paladar se deleita do que não há sabor, e tão somente se dá o gosto às medidas da libido. Os ouvidos ficam atentos até aos sons inaud...