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A Odete Roitman que nunca morreu!

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Quando a primeira versão da novela estreou, a personagem representava o Brasil que os brasileiros não amavam. Criticava-se os serviços, os produtos e a cultura. Tudo que era de fora era melhor... “Só podia ser filme brasileiro. Péssimo!” “É só aqui no Brasil que é essa bosta!” “O Brasil é o país do jeitinho!” “Por isso que eu quero sair do Brasil!” Você, com certeza, já ouviu ou disse pelo menos uma dessas frases. Entre os anos 80 e 2000, o consumo e a idolatria pela cultura americana eram comuns. Odete Roitman, mesmo rompendo estereótipos de mulheres bem-sucedidas e mais velhas, dialogava com essa lógica consumista. O único orgulho nacional era o futebol. Hoje, Odete surge como uma figura dicotômica. Representa as novas visões sobre mulheres líderes, independentes, desejadas e desejantes. Mulheres da melhor idade que mandam, escolhem, transam e não se submetem ao lar ou ao homem. Mas ainda carrega o Brasil que exalta o que vem de fora e vive dividido. Odete encarna o Brasil conservado...